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A obra "sou ave que carrega coisas que tem brilho para o seu ninho" é parte da pesquisa que o performer Mauro Filho vem desenvolvendo a partir da obra do artista visual e seu pai Mauro Caelum, falecido em 2016. Desde então o artista tem se colocado a pensar a presença do pai a partir do acervo de trabalhos deixado por ele. Foi assim que em 2018 estreia "CaÊ" obra para infância criada a partir da iconografia de desenhos e escritas deixadas por Caelum. Em 2021 Mauro Filho cria uma série de trabalhos em performance intitulado "exercícios de presença" em que pensa a matéria plástica dos trabalhos de Caelum em relação ao seu corpo. Temas como matéria, ausência, presença, encantamento e relação entre dança e artes visuais ficam mais recorrentes nos movimentos do artista. A partir de 2022 Mauro junto da Karma Coletivo iniciam a pesquisa e criação de "sou ave..." a partir das questões: como ativar um acervo de artes visuais a partir de um corpo que dança? Como colocar um acervo em diálogo com o tempo presente? Como esse corpo que dança lida com a ausência a partir da consciência da sua própria finitude? Nesse exercício de imaginação o acervo de Mauro Caelum toma conta da sala de ensaio e as obras "não tenho casa própria, mas tenho pedras próprias" (instalação, Mauro Caelum, 2015) e a performance "desejo de virar paisagem" (ação-instalação, Mauro Caelum, 2016) entram na cena como elementos norteadores da criação do trabalho. "Sou ave que carrega coisas que tem brilho para o seu ninho" é um dos muitos textos curtos de Mauro Caelum, escrita na porta do seu ateliê em 2014. A obra de Mauro Filho tem direção de Lídia Abreu, interlocução coreográfica de Sandra Meyer e estreou em Itajaí, estado de Santa Catarina, cidade onde viveu e produziu por mais de 30 anos Mauro Caelum.

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sinopse:

esta obra vem pensar a ideia de presença e ausência em uma tentativa de manter presente o corpo do pai através do corpo do filho-performer, evidenciando tensões entre o uso da palavra e do corpo, através da escrita, da escultura e da performance. uma dança-rito pela presença, uma conversa cênica entre os territórios da dança e das artes visuais bem como em temas como o sagrado, a carne, o tempo, a vida e a morte.

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pesquisa e performance: Mauro Filho

direção: Lídia Abreu

interlocução coreográfica: Sandra Meyer

elementos cênicos: obras do acervo de Mauro Caelum

captação e edição de vídeo: Lídia Abreu e Leandro Cardoso

ambientação sonora e desenho de luz: Hedra Rockenbach

figurino: Leandro Cardoso

costuras: Luiza Helena Vargas

texto: Mauro Caelum

fotografias de divulgação: Sarah Uriarte

fotografias de cena: Cristiano Prim

identidade visual: Daniel Olivetto

operação técnica: Leandro Cardoso e Lídia Abreu

assessoria de imprensa e produção executiva: Camila Gonçalves

apoio: Itajaí Criativa Residência Artística

produção: Karma Coletivo de Artes Cênicas

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